Tudo o que você precisa saber sobre radiografia panorâmica

05 nov Tudo o que você precisa saber sobre radiografia panorâmica

A aplicação dos avanços tecnológicos no campo da odontologia é fundamental, atualmente, para detectar e localizar patologias que, de outra forma, seriam imperceptíveis através de um exame visual pelo odontologista.

A radiografia panorâmica, também conhecida como ortopantomografia, possibilita a realização de diagnósticos e o planejamento de procedimentos de maneira segura, fiável e eficaz. Dispor dos meios mais desenvolvidos do mercado facilita o trabalho do dentista, assim como melhora a experiência do paciente.

O que é a radiografia panorâmica?

A radiografia panorâmica é uma técnica que utiliza raios X para fornecer informações detalhadas sobre as estruturas dentárias e a anatomia oral. Graças a este estudo radiológico, obtém-se uma imagem que permite detectar e analisar qualquer complicação bucal que afete os dentes, o maxilar e a mandíbula.

Através deste exame, é realizada uma impressão onde várias radiografias bidimensionais se encontram sobrepostas. Assim, obtém-se um resultado tridimensional das estruturas faciais numa única imagem. Por conseguinte, detectar a existência de eventuais complicações orais é muito mais simples. Esta digitalização panorâmica permite, além disso, verificar as inter-relações entre as articulações temporomandibulares, maxilares e os seus efeitos no sistema mastigatório.

Com este método radiológico, o dentista pode descobrir à primeira vista o desenvolvimento de cáries dentárias, a existência e a extensão de doenças periodontais, a qualidade da estrutura óssea para tratamentos de implantes ou a presença de peças dentais não erupcionadas. A sua utilização é essencial, portanto, na avaliação e realização de procedimentos de implantodontia, cirurgia oral, ortodontia ou periodontia.

Como fazer uma radiografia panorâmica?

A radiografia panorâmica é um exame oral muito cômodo para o paciente, visto que, além de ser indolor e rápido, o nível de radiação recebido é mínimo. O especialista efetua a radiografia panorâmica com um ortopantomógrafo, com o qual é obtida a digitalização completa da cavidade oral.

Durante o exame, o paciente fica em pé ou sentado à frente do aparelho, com um colete especial de chumbo vestido para se proteger da radiação. Além disso, tem de morder uma pequena peça, que mantém as duas arcadas dentárias separadas, com o objetivo de determinar e registrar a posição e o tipo de mordida.

O mais importante é que a cabeça se mantenha erguida e imóvel, para que as imagens resultantes tenham qualidade suficiente.

Depois de o paciente estar posicionado, o aparelho roda em torno da sua cabeça, produzindo uma panorâmica completa da estrutura oral.

Estruturas anatômicas numa radiografia panorâmica

Graças às imagens proporcionadas pelas radiografias panorâmicas, o dentista pode distinguir várias estruturas anatômicas. A avaliação do seu estado e da respectiva inter-relação permite identificar as patologias e planear os procedimentos mais apropriados para o paciente.

As complicações detectáveis através deste método são:

• As alterações das peças dentárias, quanto à sua forma, estrutura e número. Além disso, os problemas de dentes inclusos no osso ou não erupcionados.
• A presença e extensão das cáries, assim como a eventual existência de contacto com o nervo dentário.
• As patologias pulpares ou periapicais, embora uma radiografia periapical seja sempre necessária para aperfeiçoar o diagnóstico.
• As doenças periodontais, a extensão do processo infeccioso para além do dente e a condição dos tecidos circundantes.
• As reabsorções radiculares, causadas por infeções ou traumatismos.
• A qualidade e a quantidade de estrutura óssea existente para que seja possível realizar procedimentos de implantologia oral.
• As alterações congênitas ou adquiridas nas estruturas maxilares.
• As alterações nos seios paranasais.
• Os problemas da articulação temporomandibular (ATM).

Os estudos ortopantomográficos possibilitam também prever o aparecimento de doenças orais graves. Por isso, atualmente, recomenda-se a realização de um exame radiográfico panorâmico pelo menos uma vez por ano.

Riscos das radiografias panorâmicas

Os exames de radiografia panorâmica requerem uma dose muito baixa de radiação ionizante para capturar as imagens das estruturas bucais. Apesar de tudo o que foi escrito e debatido, as radiografias panorâmicas são seguras para o paciente. Os riscos para a saúde e os níveis de radiação foram reduzidos ao mínimo graças às radiografias digitais.

Radiografia panorâmica na gravidez

A realização de exames radiológicos em mulheres grávidas é um assunto que tem gerado muita controvérsia. No entanto, é de suma importância que, no caso de se encontrarem em processo de gestação, essa situação seja comunicada ao dentista.

Segundo a Agência Internacional de Energia Atômica, se uma paciente estiver grávida, a possibilidade de obter um diagnóstico através de uma avaliação não radiológica deve ser considerada. No entanto, caso se considere indispensável, o exame radiológico deve ser realizado, tendo em conta uma série de precauções. O perigo para o feto, contudo, é extremamente baixo.

O efeito das radiações durante a gravidez, por outro lado, depende tanto do momento da exposição como da dose recebida no organismo. Em geral, considera-se que o período de maior perigo ocorre entre a terceira e a oitava semana de gestação.

Não obstante, para que se verifiquem consequências fetais negativas, são necessárias quantidades muito altas de radiação. Assim, a radiografia panorâmica não é contraindicada durante a gravidez, podendo ser realizada sempre que o dentista considere que os benefícios superam os riscos.

Radiografia panorâmica em crianças

A utilização da radiografia panorâmica nos diagnósticos odontológicos durante a infância possibilita a análise do desenvolvimento da dentição de leite e do estado dos maxilares.

As radiografias panorâmicas das estruturas orais ajudam a detectar muitas complicações dentárias. Permitem tratá-las para alcançar uma boa saúde bucodentária da criança no futuro. Estes exames representam um risco insignificante para a criança, em comparação com a ausência de diagnóstico dos problemas bucais no devido tempo.

No entanto, como no caso da gravidez, só devem ser efetuadas radiografias se houver motivos para considerar que as informações fornecidas irão beneficiar o paciente. Se for este o caso, as imagens podem ser obtidas com uma dose menor de radiação, assim como através de uma exposição mais curta.

O equipamento das radiografias panorâmicas dentárias: o ortopantomógrafo

O ortopantomógrafo é o aparelho que nos permite gerar radiografias panorâmicas e identificar os problemas orais existentes em cada paciente. Por conseguinte, é de vital importância dispor de um sistema de diagnóstico de qualidade, tanto do ponto de vista da segurança dos raios X como da obtenção de imagens totalmente nítidas.

Partes de um ortopantomógrafo

Os componentes principais de um equipamento de radiografia panorâmica são:

• Um tubo de raios X.
• Um porta-chassis rotativo e semicircular.
• Um arco de fixação para o tubo e o porta-chassis.
• Um dispositivo para o posicionamento da cabeça do paciente.
• Um chassis com forma e tamanho adequados.

Graças à estrutura destes elementos e através de um movimento rotativo, o ortopantomógrafo consegue uma digitalização completa da cavidade oral do paciente.

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