Fio Dental: um grande aliado na prevenção da cárie e das doenças periodontais

Fio Dental: um grande aliado na prevenção da cárie e das doenças periodontais

Quem nunca sentiu preguiça de usar fio dental? Quem nunca sentiu dificuldade de usar o fio dental? Talvez a grande parte das pessoas responda sim a essa pergunta.

Provavelmente, você pensa ou já pensou que somente a escovação dos dentes é suficiente ou que usar o fio apenas uma vez ao dia é suficiente. Ou, pior ainda, que usar o fio apenas algumas vezes na semana traz o resultado esperado na saúde bucal. Entretanto, esses são pensamentos equivocados e é de fundamental importância que o fio dental seja utilizado após as principais refeições. Sim, após as principais refeições, ou seja, pelo menos 3 vezes ao dia.

É importante ainda saber que a escovação dos dentes é necessária também após as principais refeições e antes de dormir, já que a placa bacteriana (causadora da cárie e das doenças periodontais) é produzida constantemente na boca.

Muitas pessoas relatam dificuldade em manusear o fio dental e usá-lo de forma adequada. Além disso, muitos perguntam o porquê de se utilizar o fio dental. Então, vamos explicar como e porque utilizar essa importante ferramenta no combate à cárie e doenças periodontais.

Para que serve o fio dental?

O fio dental tem a função de eliminar a placa bacteriana e os resíduos de alimentos que ficam retidos tanto no espaço entre um dente e outro, como no pequeno espaço que se forma entre a gengiva e o dente (sulco gengival). É muito comum as pessoas pensarem que a escova é capaz de limpar essas regiões. Entretanto, a escova não penetra o suficiente nesses pequenos espaços de forma que os contaminantes sejam removidos.

Pessoas que apresentam espaços maiores entre os dentes podem pensar que o uso do fio dental não é necessário. Cuidado! Mesmo tendo maior espaçamento entre os dentes, o uso do fio é fundamental para garantir a eliminação da placa bacteriana do sulco gengival.

O uso do fio ajuda a prevenir doenças como a cárie, gengivite (inflamação da gengiva), periodontite (inflamação da gengiva acompanhada de perda óssea ao redor dos dentes) e mau hálito (halitose). Esse efeito preventivo se deve à capacidade de limpeza da placa bacteriana e resíduos alimentares que somente o fio dental tem. Isso porque ele acessa regiões estreitas e mais profundas, que outros meios de limpeza não são capazes de acessar.

Não é só com os dentes que você deve se preocupar

Apesar do foco do nosso assunto ser a importância do uso do fio dental, é importante destacar alguns outros cuidados, que talvez as pessoas não saibam. Além de escovar os dentes e usar o fio, é importante também realizar a escovação das bochechas, língua e até do céu da boca. Isso porque essas regiões também são locais onde a placa bacteriana fica aderida e elas podem funcionar como fonte de contaminação para os dentes e gengivas.

É importante realizarmos esses procedimentos de higiene bucal para que as bactérias prejudiciais à saúde bucal não proliferem a ponto de começar a causar doenças.

Sem esses procedimentos de higiene, não teremos saúde bucal.

Tipos de fio dental

Existem fios dentais mais estreitos e mais largos (fita dental). Esses fios podem ou não ser encerados, podem ou não ter sabor e cores diferentes. E ainda existem fios especiais, que combinam uma parte mais fina e outra mais grossa, junto com uma parte mais firme e ao mesmo tempo flexível, para uso em aparelhos ortodônticos e em próteses dentais.

A indicação do uso do fio dental se baseia na adaptação de cada paciente. Entretanto, se a pessoa apresenta dentes mais espaçados, ela pode usar um fio mais largo, por exemplo. Já se o espaçamento entre os dentes é pequeno, um fio mais fino e encerado facilita o uso. Pacientes que usam aparelhos ortodônticos ou possuem próteses dentais necessitam de fios especiais. O dentista pode auxiliar o paciente a escolher o fio dental ideal para suas características após o exame bucal adequado.

Alguns pacientes relatam dificuldade no uso do fio, seja por conta de uma abertura de boca limitada ou por dificuldade de manuseá-lo. Diante disso, o dentista pode sugerir alternativas ou mesmo, treinar o paciente a usar o fio por meio de demonstração e detecção dessas dificuldades.

Preparando o fio dental

Alguns cuidados básicos devem ser tomados com o Fio Dental. Sempre guarde em locais fechados, protegidos de sol, água e contaminantes. É fundamental que você o mantenha dentro da caixa protetora e jamais transporte-o fora dela, evitando assim contaminação do mesmo e, consequentemente, da sua boca,

É importante observar a data de validade de seu fio dental, já que os fios contêm produtos químicos, como flúor ou substâncias para melhorar o sabor, que podem sofrer alterações após o vencimento.

Na hora de passar o fio dental, certifique-se que suas mãos estejam limpas, e não o deixe sobre a pia, pois isso pode contaminar o produto. Retire da caixinha somente o necessário para a utilização, e guarde novamente em local adequado.

Tamanho do fio dental

E qual o tamanho do fio que devemos usar? O tamanho vai variar entre uma pessoa e outra. É importante apenas que em cada espaço interdentário (entre os dentes), uma porção limpa do fio seja usada, evitando assim que a placa bacteriana seja espalhada pela boca.

Como devemos segurar o fio? Você pode enrolar no dedo indicador de cada mão ou no dedo indicador de uma mão e no dedo médio da outra, por exemplo. Isso vai depender da opção de cada um e pode variar entre os indivíduos. O importante é que cada um esteja confortável e que consiga usar o fio de forma eficaz e segura, evitando machucar a gengiva.

Uma vez posicionado nas mãos, o fio deve começar a ser usado na extremidade de um dos arcos dentários (parte de cima ou parte de baixo) e a partir daí, deve-se seguir a sequência dos dentes, de forma que nenhum espaço interdentário seja esquecido. Após a limpeza de um arco, passamos ao arco oposto. O fio deve ser colocado, de forma delicada, dentro do sulco gengival, para que todos os contaminantes (placa bacteriana e resíduos alimentares) sejam removidos. Após o fio ser inserido no sulco gengival, deve-se deslizá-lo contra o dente, trazendo-o da gengiva para o dente até que o fio saia do espaço interdental.

Sangramento da gengiva com uso do fio: devo para de usá-lo?

Muitas pessoas se assustam com o sangramento da gengiva observado durante o uso do fio dental e deixam de usá-lo achando que a gengiva foi machucada pelo mesmo. Entretanto, o sangramento, na maioria das vezes, é consequência da inflamação gengival e deixar de usar o fio dental vai apenas contribuir para o aumento da inflamação. Claro que se pode observar sangramento como consequência de algum trauma no momento do uso do fio dental. Mas quando isso acontece, logo percebemos que nos machucamos com o fio dental e isso é muito diferente do sangramento resultante da gengivite ou da periodontite, que frequentemente, acontece em mais de um local.

Devo passar o fio dental antes ou depois da escovação?
Essa é uma dúvida muito frequente! Uma pesquisa recente mostra que o fio deve ser usado antes da escovação, pois essa sequência favorece a retenção de flúor nos espaços entre os dentes.

Resultado da higienização

A escovação proporciona a manutenção da limpeza bucal, evitando proliferação de bactérias nocivas à saúde bucal. Após escovar e usar o fio dental, os dentes devem estar limpos. Um bom parâmetro a ser analisado por cada um de nós é a lisura do dente. O dente limpo fica liso, enquanto o dente contaminado por placa bacteriana fica áspero, rugoso.

O espelho pode ser um bom auxiliar na observação de resíduos maiores e se for observado algo diferente ou estranho, procure seu dentista para tirar qualquer dúvida.

Vale dizer que a higiene bucal diária é muito importante e imprescindível. Porém, existem regiões da boca de difícil acesso, que muitas vezes não conseguimos higienizar adequadamente. Por esse motivo, recomendamos que todas as pessoas façam avaliações periódicas, além de fazer limpezas profissionais frequentes. O tempo de intervalo entre as limpezas varia entre os indivíduos, sendo que o intervalo máximo deve ser de 6 meses.

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