20 ago O que é analisado na cefalometria?
Quando falamos em cefalometria estamos nos referindo a um dos avanços mais importantes da área da ortodontia. Para se ter uma ideia, antes do surgimento desse tipo de exame, eram utilizadas fotografias de frente e perfil dos pacientes, para que pudessem ser avaliadas questões como as proporções faciais de cada um.
As fotografias, porém, não bastavam para que o ortodontista tivesse uma visão ampla da anatomia da face dos seus pacientes. Diante dessa complexidade dos problemas ortodônticos, a ortodontia necessitava do desenvolvimento de uma nova tecnologia que possibilitasse que os dentistas relacionassem os dentes diretamente com o restante do conjunto craniofacial.
Neste post, vamos falar mais sobre esse assunto. Siga conosco e entenda o que é a cefalometria, qual é a sua importância para os ortodontistas e, principalmente, quais são as estruturas analisadas nesse tipo de exame. Acompanhe!
O que é a cefalometria?
É chamada de cefalometria a ciência que estuda as dimensões de toda a parte estrutural do crânio e da face das pessoas. Desse modo, um exame de cefalometria possibilita, por meio da radiografia, que médicos e dentistas possam examinar mais detalhadamente e fornecer um diagnóstico mais completo para os pacientes que têm problemas nessa área do corpo.
Qual é a importância da cefalometria na odontologia?
O exame de cefalometria ou cefalograma, como também é conhecido, é importante na odontologia porque possibilita que o dentista possa fazer medições lineares e angulares no planejamento ortodôntico.
Esse exame é importante e deve ser sempre solicitado aos pacientes que utilizam aparelho ortodôntico para corrigir falhas no sorriso, como mordida cruzada, mordida aberta, mau posicionamento dos dentes etc.
Quais são as estruturas analisadas em uma cefalometria?
São diversas as estruturas que podem ser analisadas em uma cefalometria. O exame permite que tudo possa ser traçado com muita precisão, garantindo um diagnóstico adequado para os odontologistas que estão avaliando os seus pacientes.
Veja, na sequência, os principais itens que podem ser avaliados em um exame de cefalometria.
Perfil mole
O perfil mole tem início na altura do osso frontal do rosto, no nível superior da glabela. Ele se prolonga até a mandíbula, contornado assim toda a região do mento.
Sela túrcica
Trata-se da cavidade ou fossa na qual se encontra a hipófise, também chamada por alguns de glândula pituitária. A sela túrcica fica no osso esfenoide, localizado na parte média da base do crânio.
Sutura fronto-nasal
Essa demarcação tem início na glabela, em sua parte inferior. Ainda se interrompe na região em que há a sutura entre o osso citado e os ossos nasais. O prosseguimento se dá de forma inferior, fazendo o contorno dos limites dos ossos por toda a sua extensão.
Borda póstero-inferior das órbitas
A borda póstero-inferior das órbitas compreende a margem lateral da cavidade orbitária na face. Trata-se de uma das regiões mais difíceis de serem visualizadas, pois é uma estrutura lateral e par.
Fissura pterigomaxilar
Nesse caso é retratada a fossa pterigomaxilar, percorrendo por toda a linha radiopaca que limita o posterior do tuber e o limite anterior do processo pterigóice do osso esfenoide. O formato da visualização no exame é similar ao de uma lágrima ou gota d’água invertida.
Meato acústico anatômico (pório anatômico)
O meato acústico anatômico também é pouco fácil de ser visualizado, pois se situa em uma região radiopaca, a porção petrosa do osso temporal. Apesar disso, radiologistas experientes e com conhecimento em cefalometria podem fazer a visualização, desde que as imagens sejam bem captadas.
Maxila
A interpretação radiográfica da maxila e da mandíbula são muito importantes para que o odontologista encontre as melhores soluções para os seus pacientes. Resumidamente, é por meio dessa análise que se chega a um diagnóstico e prognóstico para o uso de aparelhos ortodônticos ou cirurgias de correção, caso seja necessário.
Ao traçar a maxila, o exame de cefalometria analisa três linhas no local: a linha do assoalho da fossa nasal, a abóbada palatina e o perfil alveolar anterior.
Mandíbula
O traçado da mandíbula em um cefalograma serva para que o dentista possa observar as grandezas cefalométricas de cada paciente. Assim, observando os ângulo e linha das mandíbula de cada indivíduo, pode ser mais fácil de analisar o que precisa ser feito para corrigir problemas na região.
Dentes
Obviamente, todos os dentes também são analisados no exame de cefalometria. Dessa forma, é possível observar com detalhes cada um deles, suas posições e ângulos. É feito um traçado dos molares superiores e inferiores, os relacionando com o restante do maciço craniofacial.
Incisivos centrais superiores e inferiores
Esse tracejado contorna a coroa e a raiz dos dentes. Verificando a parte interna da arcada dentária, pode-se tirar conclusões sobre possíveis problemas visualizados em sua parte externa, como o acavalamento ou espaçamento demasiado.
Dentes posteriores
Essa análise é a dos traçados dos primeiros molares. Nela, o primeiro molar é tido como um elemento-chave para a força de ancoragem de cada pessoa. Esse contorno serve para complementar os estudos dos dentes e dos incisivos centrais superiores e inferiores.
Compreender sobre a importância da cefalometria é fundamental para os dentistas, principalmente os que são especialistas em ortodontia.
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