16 jul Cementoblastoma: saiba o que é
Cementoblastomas são neoplasias raras, de origem mesenquimal, representando menos de 1% de todos os tumores odontogênicos. O cementoblastoma benigno foi descrito pela primeira vez por Dewey, em 1927, e por Noberg, em 1930, como um cementoma verdadeiro. A classificação de 2005 da Organização Mundial da Saúde (OMS) atualizou a terminologia para cementoblastoma. O termo benigno foi removido da classificação por tratar-se de um tumor odontogênico que não apresenta contraparte maligna.
É decorrente da proliferação dos cementoblastos com consequente deposição desorganizada de tecido semelhante ao cemento ao redor das raízes dentárias.
Há predileção pela mandíbula, sendo que 50% dos casos relatados envolvem o primeiro molar permanente. Raramente afetam os dentes decíduos. Não há predileção por sexo e ocorre predominantemente em crianças e adultos jovens, com cerca de 50% surgindo com menos de 20 anos e 75% ocorrendo antes dos 30 anos de idade.
Sinais e sintomas
Essa neoplasia geralmente exibe lesões assintomáticas de crescimento lento e ilimitado e seu tamanho pode variar entre 0,5 e 5,5 cm de diâmetro, podendo, em alguns casos, apresentar expansão da cortical óssea, levando à sintomatologia dolorosa e à assimetria facial. Dor e inchaço estão presentes em aproximadamente dois terços dos pacientes relatados. Parestesia do lábio inferior e fratura patológica da mandíbula são raramente relatados. Deve-se atentar para o fato de que o tumor pode não apresentar sinais/sintomas clínicos. A sintomatologia dolorosa pode ser originada devido à extrusão dentária, que é causada pelo crescimento do tumor, o que levaria a um aumento da pressão oclusal e dos contatos prematuros ou pode estar relacionada à compressão do canal mandibular/nervo alveolar inferior.
Aspectos radiográficos
Radiograficamente, o tumor aparece como uma massa radiopaca que é fundida a uma ou mais raízes de um dente e é circundada por um halo radiolúcido fino. O contorno da raiz ou raízes do dente envolvido é geralmente obscurecido como resultado da reabsorção da raiz e fusão do tumor com o dente. A TCFC pode ser utilizada para definir o tamanho, a localização do tumor e a sua relação com o canal mandibular, bem como para avaliar o grau de reabsorção radicular do dente envolvido e auxiliar no planejamento cirúrgico.
Tratamento
O tratamento de um cementoblastoma geralmente consiste na extração cirúrgica do dente juntamente com a massa calcificada anexada. Excisão cirúrgica da massa com amputação da raiz e o tratamento endodôntico do dente envolvido pode ser considerado. O prognóstico é excelente e o tumor não reaparece após a remoção total, no entanto, o crescimento progressivo do tumor após a extração do dente envolvido e a remoção incompleta da massa já foi documentado na literatura.
Considerações finais
O cementoblastoma é uma neoplasia rara, portanto, é importante considerar dados clínicos, radiográficos e microscópicos que se assemelham como diagnóstico diferencial. As recorrências estão associadas a tratamentos inadequados, em que a massa tumoral não é removida completamente.
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